‘Chip da beleza’: entenda por que foi proibido e os possíveis riscos à saúde
Uma inovação no campo da estética e bem-estar, o Chip da Beleza ganhou popularidade como um método para atingir o corpo desejado através de implantes hormonais. Esses dispositivos são frequentemente inseridos logo abaixo da pele, geralmente na área dos glúteos ou do abdômen, prometendo resultados rápidos e eficientes. A promessa inclui benefícios como perda de peso, incremento no desempenho físico, aumento da musculatura e até mesmo rejuvenescimento.
A base desses tratamentos assemelha-se aos esteroides anabolizantes. Ingredientes como gestrinona, testosterona e oxandrolona são comumente utilizados, embora seus efeitos e segurança não sejam totalmente validados cientificamente. Essa falta de comprovação desencadeou uma série de discussões e polêmicas no meio médico e científico.
O Chip da Beleza é considerado seguro?
Chip da Beleza / © Rafa Neddermeyer/Agência Brasil
O uso do Chip da Beleza levanta preocupações de segurança devido à sua formulação e aos potenciais efeitos adversos. Denúncias de associações médicas, como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), destacam um aumento nos atendimentos de pacientes com complicações associadas a esse dispositivo. A Anvisa suspendeu sua comercialização e uso no Brasil em resposta a essas preocupações.
As complicações reportadas incluem problemas como elevação dos níveis de colesterol e triglicerídeos (dislipidemia), hipertensão, acidentes vasculares cerebrais, além de alterações dermatológicas e hormonais. Todos esses efeitos acentuam os riscos à saúde que o uso indevido de hormônios sem supervisão médica pode representar.
Quais os riscos associados ao Chip da Beleza?
Os riscos do Chip da Beleza podem ser diversos e graves, impactando várias funções corporais. Entre os efeitos colaterais, podem ser mencionados:
Disfunções cardiovasculares, como arritmias e aumento da pressão arterial;
Distúrbios metabólicos, contribuindo para a dislipidemia;
Efeitos dermatológicos como acne, hirsutismo (crescimento excessivo de pelos) e alopecia (queda de cabelo);
Alterações na voz, conhecidos como disfonia;
Problemas de sono, incluindo insônia e agitação.
Esses efeitos destacam a importância de uma abordagem médico-científica muito cuidadosa ao considerar terapias hormonais, especialmente aquelas com fins estéticos.
Por que foi proibido?
O chamado “chip da beleza” ganhou notoriedade nos últimos anos como uma promessa de rejuvenescimento e melhora da autoestima, mas sua utilização foi proibida por autoridades de saúde em diversos países. A principal razão para essa proibição reside nos sérios riscos à saúde que o uso desses implantes hormonais pode causar.
Esses implantes, que contêm substâncias hormonais não aprovadas para uso estético, podem desencadear uma série de complicações graves, como dislipidemia (alteração nos níveis de colesterol e triglicerídeos), hipertensão arterial, acidente vascular cerebral, arritmias cardíacas e diversos outros problemas cardiovasculares. Além disso, a falta de estudos científicos sobre a segurança e eficácia desses produtos torna o seu uso ainda mais arriscado.
Como saber quais medicamentos são aprovados pela Anvisa?
Para aqueles interessados em informações confiáveis sobre medicamentos disponíveis no mercado, a Anvisa fornece uma lista de medicamentos aprovados, que pode ser consultada direto em seu site. É vital somente utilizar produtos cujo uso veterinário seja regulamentado e seguro, conforme as diretrizes estabelecidas pela entidade.
Ao buscar por tratamentos hormonais ou qualquer terapia semelhante, é recomendável sempre consultar um profissional de saúde qualificado e verificar as aprovações e recomendações oficiais.
Por Terra Brasil