O consumo de álcool foi responsável pela morte de 2,6 milhões de pessoas em 2019, conforme dados compartilhados pela Organização Mundial de Saúde (OMS), nesta terça-feira (25). Apenas no Brasil, foram 91,9 mil óbitos, sendo 80,4 mil entre homens.
Conforme os dados do Relatório Global sobre Álcool, Saúde e Tratamento de Transtornos por Uso de Substâncias, cerca de 400 milhões de pessoas espalhadas pelo mundo, o equivalente a 7% da população acima de 15 anos, sofrem com um transtorno por uso de álcool. Segundo a OMS, o termo engloba a dependência de álcool, que é mais grave e afeta 209 milhões, e um padrão nocivo de consumo.
"O uso de substâncias prejudica gravemente a saúde individual, aumentando o risco de doenças crônicas, problemas de saúde mental e, tragicamente, resultando em milhões de mortes evitáveis todos os anos. Ele impõe um pesado ônus às famílias e comunidades, aumentando a exposição a acidentes, lesões e violência", explicou o diretor geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
A maioria das mortes, segundo os dados, acontece em países de baixa renda. Do total de 2,6 milhões de óbitos, 474 mil foram por doenças cardiovasculares, e 401 mil por casos de câncer. Outras 724 mil vítimas fatais foram resultantes de acidentes de carro, lesões autoprovocadas e violência entre pessoas. Houve ainda 284 mil mortes relacionadas a infecções transmissíveis. A maior proporção das mortes (13%) ocorreu entre adultos de 20 a 39 anos.
Ainda de acordo com o relatório, de 2010 até 2019, houve uma redução mínima no consumo de álcool mundial, de 4,5%, saindo de uma média de ingestão per capita de 5,7 litros de álcool puro por ano para 5,5 litros.
O nível de consumo de álcool per capita entre os consumidores é, em média de 27 gramas de álcool puro por dia, o que equivale a aproximadamente duas taças de vinho, duas garrafas de cerveja ou duas porções de bebidas destiladas.
Fonte: Bnews
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