Recuperando o dinheiro após cair em um golpe do Pix: Saiba como se proteger e agir
O Pix revolucionou as transações financeiras no Brasil, tornando-se uma ferramenta essencial no cotidiano dos brasileiros. Em 2023, registrou-se um aumento significativo nas transações, atingindo quase 42 bilhões, o que demonstra sua crescente popularidade. Contudo, junto com a conveniência surgem os riscos, e os golpistas não hesitam em explorar essa plataforma para seus próprios fins.
Como Identificar e Evitar Golpes:
Antes de abordarmos o processo de recuperação do dinheiro, é crucial entender como evitar cair em golpes do Pix. Golpistas utilizam diferentes estratégias, desde solicitações de pagamento falsas até clonagem de chaves Pix. Portanto, é essencial verificar sempre os dados da transação, evitar compartilhar informações sensíveis e manter seu dispositivo seguro com antivírus atualizado.
Recuperação do Valor Transferido:
Em casos de transferências enganosas ou golpes, o Banco Central orienta os usuários a utilizarem o Mecanismo Especial de Devolução (MED), uma ferramenta exclusiva do Pix para recuperar o dinheiro perdido. O processo inicia-se com o contato com o banco onde a transação foi realizada, dentro de um prazo de 80 dias. A instituição então avalia o caso e, se confirmado o golpe, bloqueia os valores junto ao banco beneficiado do golpista.
Prazos e Procedimentos:
Os bancos têm até sete dias para concluir a investigação e bloqueio dos valores. Se não for identificado o golpe, o dinheiro é liberado novamente para o beneficiário. No caso de falta de saldo na conta do golpista, a instituição monitora a conta por até 90 dias para ressarcir a vítima. Além disso, falhas operacionais no Pix, como transações duplicadas, também são passíveis de reembolso, com o banco tendo 24 horas para agir.
Recorrendo a Órgãos de Defesa do Consumidor:
Se o valor não for recuperado pelo banco, o indivíduo prejudicado pode acionar órgãos de defesa do consumidor, como o Procon, ou recorrer à justiça para buscar a restituição do montante perdido.
Foto: Acervo Voz da Bahia