O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou, nesta sexta-feira (17), o pedido de soltura feito pela defesa do delegado Rivaldo Barbosa de Araújo. Ele está preso preventivamente após investigação constatar sua participação na morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.
Além de questionar os motivos da prisão, a defesa de Rivaldo citou a condição de saúde do ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro. A Procuradoria-Geral da República, porém, afirmou, em manifestação que “não há comprovação documental de seu estado clínico e da necessidade de intervenção médica que a unidade prisional não seja capaz de oferecer”.
O procurador Paulo Gonet Branco ainda sugeriu o envio de um ofício à Secretaria de Administração Penitenciária para que “realize a avaliação do seu estado atual de saúde, atestando eventual necessidade de cuidados específicos e continuados, mediante a elaboração de relatório médico detalhado”. Moraes foi favorável à demanda e deu prazo de 48 horas para cumprimento.
Em março deste ano, uma operação da Polícia Federal prendeu os suspeitos de mandar matar Marielle e Anderson. Crimes de organização criminosa e obstrução de justiça também foram elucidados no Caso Marielle.
Foram presos o deputado federal Chiquinho Brazão (União-RJ); o irmão dele, Domingos Brazão, que era conselheiro do Tribunal de Contas do Rio; e o ex-chefe da Polícia Civil do Rio Rivaldo Barbosa.
Na última semana, a PGR apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) denúncia contra quatro pessoas. Foram responsabilizados pelo duplo homicídio o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro Domingos Inácio Brazão, o deputado federal João Francisco Inácio Brazão, Rivaldo Barbosa de Araújo Júnior e Ronald Paulo de Alves Pereira.
Fonte: Bnews
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil