O Ministério da Saúde incluiu um novo grupo para vacina do HPV e vai incorporar mais um medicamento para pacientes que vivem com HIV. Desde a última segunda-feira (22), pacientes com papilomatose respiratória recorrente (PRR) passaram a fazer parte do grupo prioritáro para receber a vacina contra o HPV.
Segundo a pasta, a motivação para a decisão partiu de estudos que mostram os benefícios da vacina como tratamento complementar. Ela reduz de maneira considerável o retorno da doença em pacientes vacinados.
Isso porque a PRR é uma condição rara causada pelo próprio HPV, que se caracteriza por verrugas nas vias respiratórias. É comum a utilização de cirurgias para tratar desses casos, mas as recorrências são frequentes e podem ser graves, especialmente em crianças.
Considerando esse fator, desde 2006, a vacina contra o HPV tem sido inserida como parte do tratamento, com resultados encorajadores. A vacina estará disponível através de prescrição médica e, para menores de 18 anos, é necessário consentimento dos pais.
A pasta também anunciou, recentemente, que a vacina contra o HPV, um vírus associado a mais de 90% dos casos de câncer de colo do útero, será aplicada em dose única no Sistema Único de Saúde (SUS).
A recomendação é para um público específico: crianças e adolescentes de 9 a 14 anos. Imunossuprimidos e vítimas de violência sexual, que também podem receber a vacina na rede pública, continuarão com o esquema anterior (até três doses).
Medicamento para pacientes com HIV
O novo medicamento a ser prescrito para o tratamento de pacientes com HIV é o Fostensavir trometamol (600mg), que estará disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) para pacientes adultos que enfrentam resistência múltipla aos tratamentos convencionais contra o vírus.
A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias ao Sistema Único de Saúde (Conitec) aprovou a incorporação do medicamento em março, mas só agora uma portaria deve ser publicada. Depois disso, o medicamento tem o prazo de 180 dias para estar disponível no SUS.
Os critérios para ampliar o público inserido no novo modelo de tratamento poderão ser revistos em seis meses, observando, por exemplo, a tendência de crescimento das prescrições e a disponibilidade do medicamento em estoque na rede.
A última vez que uma medicação para pessoas multirresistentes foi incorporada no SUS foi há oito anos, quando a etravirina de 200mg foi incluída.
Fonte: Bnews
Foto: Reprodução / Agência Brasil