‘APROVEITAR A ÁGUA PARA A PAZ’ É TEMA DA ONU NO DIA MUNDIAL DA ÁGUA

 



A Assembleia das Nações Unidas, definiu, por ocasião do Dia Mundial da Água nesta sexta-feira, o mote “Aproveitar a Água para a Paz”. O tema alerta para a necessidade global de que se assegure o acesso de todos os cidadãos e nações a esse recurso natural fundamental para a vida no planeta. Desse modo, a ONU alerta para que os países promovam a conscientização pública sobre a importância de seu uso consciente. Além disso, que a sociedade civil, governos e empresas unam esforços pelo acesso à água potável por toda a população. A data foi criada em 1993.

A cada ano, há um tema diferente trazido pela organização. Em 2023, o mote da campanha foi “Acelerando Mudanças — Seja a mudança que você deseja ver no Mundo”.

O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) reitera a necessidade desse uso consciente em todas as esferas da sociedade. Ademais, a questão não pode ficar de fora das estratégias de enfrentamento à crise ambiental, como reforça o secretário André Lima, da Secretaria Extraordinária do Controle de Desmatamento e Ordenamento Ambiental Territorial no MMA.

Para Lima, a data é extremamente importante por provocar uma reflexão na sociedade sobre o uso consciente da água, em diversos âmbitos: desde o consumo residencial às esferas governamentais e setores diversos da indústria e do comércio. “O Dia da Água é um momento importante de parar, refletir e ver o que, de fato, estamos fazendo de positivo para melhorar a condição hídrica no Brasil e no mundo”, afirmou o secretário, em entrevista ao Canal Gov.

No entanto, ele observa, apesar da celebração do dia 22, é preciso que a água seja lembrada em todos os momentos. “Porque todos os dias precisamos de água.”

Em sua avaliação, são necessários esforços para que, na preservação ambiental e reconstrução dos biomas destruídos, as questões hídricas estejam no cerne do debate. No Brasil, sofremos, no ano passado, com secas impactantes na Amazônia, estamos sentindo a diminuição da vazão dos rios. No Nordeste, o rebaixamento de lençóis freáticos, o retardamento de chuvas. Tem toda uma questão climática associada ao regime hídrico e hidrológico”

Embora o consumo de água nas residências deva ser feito de modo consciente, evitando desperdícios, o secretário afirma que todas as atividades econômicas que dependem desse recurso natural precisam também ser responsáveis.

“Pensar não apenas na economia do dia a dia, que é superimportante, mas também nas grandes atividades econômicas que precisam, cada vez mais, investir em eficiência hídrica”, disse André Lima, do MMA.

Como exemplo, ele cita o setor agropecuário, que deve atuar na conservação da vegetação nativa e na restauração florestal.



“Porque é assim que a gente aumenta a chamada evapotranspiração. E é assim que a gente aumenta e, consequentemente, melhora o regime de chuvas e o reabastecimento de todo o sistema hídrico”

A evapotranspiração a que se refere o secretário é a evaporação da água do solo mais a transpiração das plantas, fundamental para o abastecimento dos aquíferos e para a manutenção do regime hídrico, além da irrigação para a agricultura.

“Então, é uma atividade para todos: do indivíduo cidadão lá na ponta ao grande CEO de empresas, aos políticos nos municípios, nos estados, no Governo Federal. É uma agenda para todos pensarmos muito e agirmos”, concluiu André Lima.

Com informações da Agência Gov | Texto: Daniella Cambaúva | Edição: Paulo Donizetti de Souza
Postagem anterior
Proxima
Postagens Relacionadas