Esse caso foi apresentado ao Supremo pelo ex-deputado estadual paranaense Tony Garcia. Na ocasião, o ex-parlamentar firmou um acordo de delação premiada com Moro, então chefe da 13ª vara federal. Garcia usou um grampo ambulante para obter provas contra autoridades com foro de prerrogativa de função fora da jurisdição da Justiça Federal.
Sergio Moro nega irregularidades e argumenta que na época a colaboração premiada não tinha a mesma regulamentação legal de hoje. O senador também refuta a ideia de ter obtido gravações de membros do Judiciário. Recentemente, ao ser questionado sobre a abertura do inquérito no STF, Moro disse desconhecer a decisão e voltou a reafirmar que não houve irregularidades no processo.
Por outro lado, a PF percebeu indícios de que essa 'colaboração premiada foi desvirtuada de forma a funcionar como instrumento de chantagem e manipulação probatória'. Isso quer dizer que os investigadores entenderam haver uma necessidade de avançar na apuração e verificar possíveis crimes. Entre eles estariam os crimes de concussão, fraude processual, coação, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
No pedido, tanto a PF quanto a PGR mencionaram nominalmente a inclusão de Moro, sua esposa Rosângela Moro como possíveis investigados no inquérito. Além deles, os órgãos também solicitaram que os procuradores envolvidos no acordo de Tony e na Lava Jato sejam investigados. Com informações do Blog da Daniela lima, do G1.