Rui Costa opta por não se envolver na disputa em Salvador 

 

Com a retirada do nome do presidente da Companhia de Desenvolvimento Urbano

do Estado da Bahia (Conder), José Trindade (PSB), seu afilhado político, à Prefeitura de Salvador para as eleições de 2024, o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), perdeu o entusiasmo em relação à corrida eleitoral na capital. Em conversas com amigos próximos, o ex-governador baiano deixou claro que pretende manter-se neutro na disputa, observando os acontecimentos e torcendo pelo sucesso da federação formada pelo PT, PCdoB e PV. 

Dentro dessa coalizão, destacam-se os nomes do deputado estadual Robinson Almeida, do PT, e sua colega Olívia Santana, do PCdoB, como possíveis candidatos ao Palácio Thomé de Souza. Em uma reunião recente com as principais lideranças, conforme publicado pelo jornal Tribuna da Bahia, a federação entre as siglas reforçou o desejo de que a unidade se forme em torno de um desses dois parlamentares. 

No entanto, essa reunião, marcada por diversos discursos, enfraqueceu discretamente o movimento liderado pelo senador Jaques Wagner (PT) em prol da candidatura do atual vice-governador Geraldo Júnior, do MDB, como candidato do grupo governista. O plano inicial de Wagner era que o PT indicasse o vice do emedebista. No entanto, esse plano pode estar sendo revisto. 

Ao contrário de Wagner, Rui tem uma justificativa sólida para se manter afastado das discussões sobre a sucessão na capital baiana. Seu papel como ministro em Brasília tem exigido um grande esforço de trabalho, e ele se destacou como um dos principais colaboradores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o que o coloca como uma possível opção para a corrida presidencial de 2026, caso o atual presidente decida não concorrer à reeleição. 

Rui Costa, vale destacar, chegou a ser cotado para encabeçar o pleito municipal para tentar impedir a reeleição do prefeito Bruno Reis (União Brasil). Porém, em reiteradas entrevistas à imprensa, o petista disse que "não existe a menor hipótese" de disputar a Prefeitura de Salvador nas eleições de 2024. Segundo ele, as especulações sobre sua candidatura são mais uma mentira que tem que “ficar desmentindo”.   

“Não existe a menor hipótese, não está no nosso planejamento. O que eu pretendo na eleição do ano que vem é ajudar o Jerônimo a viajar pelo Estado e ajudar a eleger prefeitos e prefeitas que estejam em nosso projeto político”, disse Rui Costa, em uma agenda realizada na cidade de Salvador, em julho, a jornalistas, após participar de inauguração de uma escola de tempo integral na Bahia. Na sequência, o ministro disse ainda que não deve apoiar apenas nomes do seu partido. 

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