Nas últimas semanas, bolsonaristas compartilharam milhares de vezes uma mensagem de áudio em que o advogado de Cid, Cezar Bitencourt, critica a cobertura da imprensa sobre o caso, negando que seu cliente tenha acusado o ex-presidente em depoimentos à Polícia Federal.
Agora que o tenente-coronel e ex-braço direito de Bolsonaro entregou, em 6 de setembro, um termo de intenção de acordo de delação premiada à Suprema Corte, a verborragia bolsonarista foi substituída pela quietude.
Entre familiares e políticos aliados ao ex-presidente, a reação é semelhante.
Cid está preso desde maio, após ter sido alvo de uma operação da Polícia Federal sobre a inserção de dados falsos de vacinação contra a Covid no sistema do Ministério da Saúde.
Ele também está no centro de uma investigação que apura suposto esquema de negociação ilegal de joias dadas por delegações estrangeiras à Presidência. Defesa de Bolsonaro nega ilegalidades.
Mauro Cid também é apontado como um dos articuladores de uma suposta trama para organizar um golpe de estado no Brasil após a derrota de Bolsonaro para o atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), nas eleições do ano passado. Segundo a PF, foram encontrados no celular de Cid uma minuta para um golpe e um decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO).
Fonte: Correio Braziliense