Um pouco sobre os dados do anuário de segurança pública:
A Bahia é o estado mais violento do Brasil em números absolutos de morte violenta intencional.
O número de lesão corporal seguida de morte aumentou em mais de 14% na Bahia, comparando 2022 com 2021.
Pra se ter uma ideia, em 2022, 14% das mortes violentas intencionais no país ocorreram na Bahia.
Em 2022, a Bahia (com 6.659 mortes) foi mais violenta do que três regiões do país: Norte (6.333); Sul (5.438) e Centro-oeste (3.685).
Nosso estado ainda contribuiu para que o Nordeste seja a região mais violenta do Brasil: em 2022, 1 em cada 3 mortes violentas do Nordeste foram na Bahia.
A série histórica dos últimos 12 anos (2011 a 2022) mostra que a Bahia liderou o ranking de mortes no Brasil 92% do tempo. Só não foi o estado mais violento em 2017, quando ficou em segundo lugar (atrás do RJ).
Nos últimos 12 anos, a violência na Bahia aumentou e muito. Em 2022 na Bahia, tivemos 608 mortes violentas a mais do que o registrado em 2011 (crescimento de 10%); no Nordeste, o aumento foi de apenas 0,9%; e no Brasil, menor ainda: 0,6%.
Nos últimos 4 anos, o Brasil teve uma redução de 17,4% em mortes violentas; já na Bahia, as mortes aumentaram em 5,9%.
Em 2022, Salvador foi “campeão” no número de homicídios dolosos e ocupou a terceira posição em casos de feminicidio, entre as capitais. Além disso, é a capital com maior taxa de mortes violentas intencionais por 100 mil habitantes (quase 10 vezes a taxa da cidade de São Paulo).
O número de pessoas desaparecidas na Bahia aumentou em mais de 50%.
Também foi grande o número de roubos e furtos de veículos no estado, com crescimento entre 2022 e 2021 de 16% e 47%, respectivamente. No total, em 2022 foram mais de 20 mil crimes deste tipo, uma média de 55 por dia.
Em se tratando de celulares, os crimes de roubo e furto cresceram absurdamente: um aumento de 70% comparando 2022 com 2021. O crime de roubo a residências quase que triplicou em um ano, na Bahia; e os roubos a estabelecimentos comerciais duplicou. Se olharmos para os roubos a transeuntes, a Bahia registrou quase o mesmo número que São Paulo: 52 mil contra quase 56 mil.
O estado de Goiás realizou mais que o dobro de apreensões de entorpecentes que a Bahia. Já Minas Gerais apreendeu entorpecentez 7 vezes mais que a Bahia.
A Bahia é um dos seis estados do país que não dispõe de dados de crimes contra pessoas LGBTQI+.