A declaração foi feita em uma delação premiada realizada há cerca de 20 dias, mas foi revelada durante uma coletiva de imprensa nesta segunda-feira (24/07), pelo ministro de Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino. O encontro foi marcado para discutir a prisão preventiva do ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, o Suel, que também teria envolvimento no crime, e já tinha sido condenado por obstrução judicial por ajudar a esconder provas desse caso.
“Nessa delação premiada ele confirma a sua própria participação, confirma a participação de Ronnie Lessa e traz os elementos colhidos em relação ao senhor Maxwell. Temos outros aspectos que constam dessa delação e derivados das buscas e apreensões ocorridas hoje. É claro portanto que teremos desdobramentos”, afirmou Dino.
“Há uma espécie de mudança de patamar da investigação. Se conclui a investigação sobre a execução e há elementos para um novo patamar, a identificação dos mandantes. Nas próximas semanas provavelmente haverá novas operações derivadas das provas colhidas hoje”, pontu o ministro.
Apesar de não conceder muitos detalhes, Dino explicou que Élcio também confessou que dirigiu o Cobalt prata usado no ataque, e Ronnie atirou contra os dois usando uma submetralhadora.
Ainda conforme o ministro, a delação revelou que Suel ajudou no planejamento do assassinato da vereadora e monitorou os passos das vítimas antes do crime. A colaboração premiada foi fechada há cerca de 20 dias e homologada pela Justiça.
“Esse evento de enorme importância, a ocorrência da delação premiada, com a confirmação de outros personagens, da dinâmica do crime, dos executores, permitirá esse caminho, que nós temos a convicção, a esperança – como é o nome da operação – que conduzirá aos mandantes”, completou Dino.